Superman e a Guerra dos Mundos, de H.G. Wells
Uma das maiores obras de ficção científica, A Guerra dos Mundos, de H.G. Wells, já recebeu várias adaptações para rádio, cinema, séries de TV e também já recebeu as suas versões para os quadrinhos. Uma dessas versões coloca o Homem de Aço frente a frente com os invasores de Marte.
Paulo Bocca Nunes
Herbert George Wells nasceu em 21 de setembro de 1866, em Bromley, próximo de Londres. Publicou obras de vários gêneros entre ficção e não ficção. No entanto, é muito lembrado por seus romances de ficção científica e é considerado como um dos pais do gênero junto com Júlio Verne e Hugo Gernsback.
Entre suas obras mais importantes estão A guerra dos mundos, O homem invisível e A máquina do tempo. Em suas obras, ele abordou vários temas como: a viagem no tempo, invisibilidade, a guerra total, invasão alienígena, manipulação biológica, entre outros, que seriam seguidos por outros autores do gênero nas décadas seguintes.
Suas obras não apenas tratavam de avanços na ciência, traziam uma visão de como seria a sociedade no futuro em meio a novas tecnologias. Trazia também sua visão sociológica em suas obras, como foi o caso de A guerra dos mundos. Na época em que escreveu o romance, a Inglaterra expandia seu império por todos os continentes, impondo à força o seu domínio. Não havendo uma nação tão poderosa quanto a Inglaterra na época, Wells, então, se perguntou o que seria se uma força mais poderosa vindo de fora da Terra impusesse o seu domínio sobre o planeta. Isso pode ser observado em várias passagens do romance.
Nessa obra de 1898, o narrador é em primeira pessoa. Em nenhuma parte do romance é citado o seu nome, mas se sabe que é um homem bem posicionado na sociedade e, tanto ele como sua esposa, gostam de astronomia.
A história começa com o narrador falando sobre o desconhecimento que os seres humanos tinham sobre seres inteligentes em outros planetas e que esses poderiam estar nos observando como nós observamos as pequenas criaturas em um microscópio. Esclarece o narrador que as pessoas cuidavam mais de seus negócios, na certeza de seu poder sobre a matéria, do que se preocuparem com questões envolvendo outros mundos e seus possíveis habitantes.
Certo dia, começaram a ser observadas várias erupções na superfície de Marte, fato constatado por vários observatórios. O assunto virou notícia em vários jornais, mas nada disso abalava as pessoas que seguiam com suas vidas e suas tarefas e atividades sem qualquer preocupação do que poderia vir a acontecer por conta dessas observações.
Pouco tempo depois, caiu nas proximidades do local em que o narrador morava, um cilindro enorme, formando uma cratera. Uma multidão de curiosos cercou o local. Não demorou para sair de dentro do cilindro uma criatura que aterrorizou a todos:
Penso que todos esperavam ver emergir um homem – possivelmente, algo um pouco diferente dos homens terrestres, mas, nos aspectos essenciais, um homem. Sei que estavam à espera disso. Mas quando olhei vi qualquer coisa que se agitava na sombra: duas formas esverdeadas em movimentos agitados, uma sobre a outra e, depois, dois discos luminosos – como olhos. A seguir, alguma coisa parecida com uma pequena serpente cinzenta, com a espessura aproximada de uma bengala, serpeou, projetando-se do meio que estremecia, e ziguezagueou na minha direção – e, em seguida, surgiu outra coisa igual.
[…]
Uma grande massa redonda, acinzentada, com o tamanho aproximado de um urso, erguia-se lenta e penosamente do cilindro. Quando saiu e foi banhada pela luz, reluziu como couro molhado.
Dois grandes olhos escuros fitavam-me, imperturbáveis. A massa que os emoldurava, decerto a cabeça, era redonda e podia-se dizer que tinha um rosto, com uma boca debaixo dos olhos, cuja orla sem lábios tremia, arquejava e gotejava saliva. Toda a criatura ofegava e pulsava convulsivamente. Um apêndice delgado, tentacular, aferrava-se à superfície do cilindro; outro retorcia-se no ar.
Impossível conceber o horror que causava a sua estranha aparência. A característica boca em forma de V, o lábio superior pontiagudo, a ausência de rugas na testa e o queixo debaixo do lábio inferior cuneiforme, a agitação incessante da boca, os grupos de tentáculos, que lembravam um polvo, a respiração tumultuosa dos pulmões numa atmosfera que lhes era estranha, a lentidão e custo evidente dos movimentos por causa da maior energia gravitacional da Terra -sobretudo, a extraordinária intensidade dos olhos imensos. Tudo isto era simultaneamente vital, intenso, inumano, mutilado e monstruoso. Havia qualquer coisa de fungoso na pele castanha oleosa, algo indescritivelmente repelente nos movimentos desgraciosos e monótonos. Logo neste primeiro encontro, neste primeiro olhar, senti asco e náuseas.
A descrição das máquinas de destruição dos marcianos dá uma ampla ideia de como elas se parecem e, de certa forma, inspiraram os diretores de arte am algumas adaptações. Observe essa passagem do texto:
Um trípode monstruoso, maior do que muitas casas, passando por cima dos jovens pinheiros, esmagando-os ao passo que caminhava; um engenho móvel de metal luzente, caminhando agora através do urzal; pendiam dele cabos articulados de aço e o estrépito produzido pela sua passagem misturava-se com o ribombar do trovão. Viu-se nitidamente sob um relâmpago, com dois pés no ar, e desaparecer e reaparecer quase instantaneamente, quando relampejou de novo, uns cem metros mais perto. Imagine um banco de ordenhar, balançando e rolando com violência ao longo do solo? Foi esta a impressão que os relâmpagos deram nesse momento. Mas em vez de um banco de ordenhar, imagine-se um grande corpo mecânico sobre uma plataforma trípode.
[…]
Visto de perto, o objeto era incrivelmente estranho, pois não se tratava de uma simples máquina insensível seguindo o seu caminho. Era, na realidade, uma máquina cujo passo metálico ressoava e tinha tentáculos compridos, flexíveis e reluzentes (um deles agarrou um jovem pinheiro) que balouçavam e chocalhavam em redor do seu estranho corpo. Escolhia cuidadosamente o seu caminho e o capuz de latão que a sobrepujava movia-se de um lado para o outro, sugerindo uma cabeça a olhar em redor. Atrás da parte principal do corpo achava-se uma massa enorme de metal branco, semelhante a um cesto de pescador, gigantesco; baforadas de fumaça verde esguichavam das juntas dos membros quando o monstro passou ao pé de mim. Desapareceu instantaneamente.
O narrador leva sua esposa até a cidade em que moram os seus primos e retorna para casa. A partir daí, ele segue sua história de fuga das máquinas de guerras marcianas, os tripods. Na metade do livro, o narrador conta sobre a invasão de Londres através dos relatos de seu irmão que lá estava e presenciou tudo. Quase ao final do livro, quando a situação passou a ficar sob controle, com os marcianos morrendo e ficando os seus corpos para estudos e pesquisas, o narrador trouxe outros detalhes sobre as criaturas:
Eram, como via agora, as criaturas menos terrestres que se pode imaginar. Com enormes corpos redondos -ou melhor, cabeças – de cerca de 1,20 m de diâmetro, cada corpo tinha, à frente, um rosto. Este rosto era desprovido de fossas nasais -na realidade, os marcianos não pareciam possuir sentido do olfato, mas tinham um par de olhos escuros muito grandes, e, precisamente entre estes, uma espécie de bico carnudo. Na parte posterior desta cabeça ou corpo – nem sei como lhe chamar -encontrava-se um único tímpano, estreito, conhecido como orelha, embora não se deva ter revelado muito útil na nossa atmosfera de ar denso. Agrupados em redor da boca achavam-se dezesseis tentáculos delgados, semelhantes a chicotes, dispostos em dois feixes de oito. Estes feixes foram denominados, com mais propriedade, pelo distinto anatomista professor Howes, de mãos. Mesmo quando vi os marcianos pela primeira vez, estes pareciam esforçar-se por se erguer sobre estas mãos, mas, sem dúvida, dado o maior peso na Terra, eralhes impossível. Há razões para supor que em Marte caminhem sobre elas com relativa facilidade.
Como já foi mostrado pela dissecação, posso salientar que a anatomia interna era de uma simplicidade quase igual. A maior parte da estrutura era ocupada pelo cérebro, de onde derivavam enormes nervos para os olhos, orelha e tentáculos táteis. A par destes, encontravam-se os volumosos pulmões (nos quais se abria a boca), o coração e as veias. Os simples movimentos convulsivos da pele exterior demonstravam o mau funcionamento pulmonar provocado pela maior densidade da nossa atmosfera.
E eram estes os órgãos dos marcianos. Por muito estranho que possa parecer a um ser humano, todo o complexo aparelho digestivo, que constitui a maior parte dos nossos corpos, não existia nos marcianos. Eram cabeças – meras cabeças. Não tinham entranhas. Não comiam, muito menos digeriam. Em vez disso, ingeriam o fresco e vivo sangue das outras criaturas, e injetavam-no nas suas próprias veias. Eu mesmo observei esta operação, como mencionarei na devida altura. Mas, embora vos possa parecer melindroso, não consigo obrigar-me a descrever aquilo a que nem sequer suportava assistir. Deve bastar dizer que o sangue obtido de um animal ainda vivo, na maioria dos casos de um ser humano, escorria diretamente, por intermédio de uma pequena pipeta, para o canal recipiente…
Há mais descrições, porém são essas que deram os subsídios para as representações dos marcianos para os criadores das histórias em quadrinhos e para os diretores de arte nos filmes de 1953 e de 2008. Por outro lado, artistas e ilustradores da época deram as suas contribuições para darem ao público imagens representativas dessas máquinas alienígenas, algo que contribuiu não apenas para dar uma grandeza à obra de H. G. Wells como também a dar um status de “ícone da cultura pop” para a obra ficcional.
SUPERMAN: UM ALIENÍGENA NA TERRA
Criado pela dupla Jerry Siegel e Joe Shuster, a primeira versão de um personagem com o nome de Superman surgiu por volta de 1932. Na época, ele foi concebido como um vilão com poderes psíquicos capazes de manipular a mente das pessoas. A história surgiu em um fanzine chamado Science Fiction: The Advance Guard of Future Civilization. A história teve o título de The Reign of the Superman e foi publicada no nº 3 de 1933. Os dois criadores mudaram drasticamente o personagem e, em 1938 o personagem surge nas páginas da Action Comics nº 1 para se tornar um sucesso em pouco tempo. Tanto que, no ano seguinte, Superman já era uma revista exclusiva com as aventuras do Homem de Aço.
Na edição de 1938 é apresentada a origem de Superman de forma bastante geral e simples. Especificava que ele viera de outro planeta, mas não era informado o nome. Também se mostrou a criança vindo em uma cápsula e sendo levada para um orfanato, ela crescendo e deixando as pessoas da instituição bastante assombradas com a sua força. Depois mostra Clark Kent, como passou a ser chamado, indo trabalhar como repórter no Estrela Diária.
Na edição da revista nº 1, de 1939, dá muitos mais detalhes sobre a história de origem. Nessa edição, a criança que veio num foguete é encontrada por um casal de idosos que são donos de uma fazenda. Nessa revista, os nomes são conhecidos como Jonathan e Mary Kent, porém Mary passou a ser conhecida mais tarde como Martha. Eles são zelosos na educação de Clark, orientando sobre seus poderes. Depois de falecidos, Clark decide ir para a cidade e a sequência da história repete todo o conteúdo da revista Action Comics, porém com mais detalhes.
Por um bom tempo, Superman tinha poucos poderes. Ele não voava, mas dava saltos que o levavam a vários metros de distância. O que mais se destacava era a sua força descomunal e a invulnerabilidade de sua pele. Com o tempo, o personagem foi adquirindo outros poderes até ser o que nós conhecemos hoje.
A SÉRIE ELSEWORLDS DA DC COMICS
Elseworlds é um selo de publicação de histórias em quadrinhos produzidas pela DC Comics e envolve histórias dos personagens criados pela editora, mas que ocorrem fora do cânone do Universo DC. Todas as publicações são ambientadas em realidades alternativas que não estão conectadas com o Universo da editora.
A primeira publicação ocorreu em 1989 e nesse mesmo ano foi registrado o nome “Elseworlds”. Entre as diversas histórias alternativas, podemos ver Lois Lane recebendo supoderes de uma transfusão de sangue de Superman, Jonathan e Martha Kent adotando o garoto e órfão Bruce Wayne, Batman ambientado na Era Vitoriana investigando os crimes de Jack, o estripador, entre outras histórias. Entre essas edições Elseworlds mostra Superman ambientado no ano de 1938 e envolvido com uma invasão alienígena inspirada no romance de H. G. Wells, A guerra dos mundos.
SUPERMAN E A GUERRA DOS MUNDOS
Superman: Guerra dos Mundos é uma publicação da DC Comics, de 1998, e faz uma adaptação bastante aproximada do romance de H. G. Wells, Guerra dos Mundos, de 1898, com a mitologia do Superman.
A história, escrita por Roy Thomas e arte de Michael Lark, coloca os eventos do romance de Wells na cidade de Metrópolis de 1938, ao invés da Inglaterra do final do século XX, onde a invasão mariana é recebida por um Superman no estilo da Era de Ouro dos quadrinhos, ou seja, sem a totalidade de poderes que ele tem nos quadrinhos e nas histórias modernas. A história traz alguns personagens que pertencem aos dois universos literários ficcionais, mas apresenta algumas poucas mudanças.
A obra inicia com algumas referências do livro de Wells, em que a Terra está sendo observada pelos olhos de habitantes de Marte que planejam invadir nosso mundo. Muito longe do nosso sistema solar, um mundo ainda mais antigo, Krypton , envia seu último filho para a Terra. O bebê Kal-El é encontrado pelo casal Kent e, à medida que cresce, vai mostrando a sua enorme força, a capacidade de correr mais rápido do que uma locomotiva ferroviária, pular vários metros de distência e que possui uma pele quase impenetrável. Após o falecimento de seus pais adotivos idosos, Clark promete usar seus poderes para beneficiar a humanidade. Até essa parte, as duas histórias seguem paralelas. Porém, a partir daí, segue mais o romance de Wells.
Clark chega no Estrela Diária (Daily Star), pede um emprego, conhece Lois Lane e os dois são designados para cobrirem o caso da queda de um meteoro em Woking. Lois e Clark partem para o local e, ao chegarem, conhecem o astrônomo Ogilvy (que faz parte do romance de Wells) e o cientista Lex Luthor, que pertence ao universo de Superman. De repente, através de uma abertura no cilindro sai uma criatura com uma cabeça e dois olhos enormes, com longos tentáculos, algo bastante próximo da descrição do romance de Wells. As criaturas mostram que sentem os efeitos da gravidade maior da Terra. Um grupo liderado pelo professor Ogilvy ergue uma bandeira branca na esperança de fazer contato amigável, mas são recebidos por um raio que os mata de forma fulminante. Até aqui, essa história segue mais ou menos o roteiro de acontecimentos do romance de 1898, mas com personagens do universo de Superman.
No instante em que as criaturas lançam um raio em Clark e Lois, ele se coloca à frente e recebe toda a carga destrutiva. Lois fica admirada porque Clark passa a usar a roupa de Superman e ela não entende o que está acontecendo. Para ficar bem entendido, o uniforme de Superman é o mesmo usado nas edições em quadrinhos da década de 1930.
O exército está no local, mas de nada adianta, pois de dentro do buraco em que estava o cilindro sai uma máquina assustadora que se apoia em três pés. São os tripods, que de repente passam a atirar em tudo o que se ove à frente. Superman salta e fica na frente de um deles, impedindo que as pessoas sejam atingidas, mas ele cai e reconhece que, pela primeira vez na vida sabe o que é sentir dor. Isso pode dar uma ideia de como a história pode terminar. Enquanto Superman tenta evitar que as máquinas sigam para Metrópolis, Lois observa e fica cada vez mais impressionada e com dúvida de quem ou do que é Clark Kent, agora vestido como Superman.
À medida que Superman buscava ajudar as pessoas, elas ficavam com medo dele e de suas habilidades sobrehumanas. Superman luta contra os tripods da melhor maneira que pode, mas é subjugado por outra arma alienígena, a fumaça negra . Os tripods capturam Lois, atingem Clark com seu raio de calor e o aprisionam.
Três semanas depois, Superman está sendo mantido como prisioneiro dos marcianos, que estão sendo ajudados por Lex Luthor. Todas as principais cidades da Terra foram conquistadas e muitos humanos foram reduzidos a escravos ou usados como alimento. A forma como se alimentam é semelhante ao que está descrito no livro, ou seja, os marcianos são basicamente formados por um gigantesco cérebro e não possuem aparelho digestivo. Eles se alimentam, portanto, do plasma humano.
Enquanto isso, muitos líderes mundiais foram mortos no ataque dos marcianos, incluindo Franklin D. Roosevelt , Adolf Hitler, Joseph Stalin, Rei George VI e sua família e a maior parte do governo imperial japonês foram mortos no ataque. Lembrando que a história se passa no ano de 1938 e todos esses personagens existiram nessa época.
Luthor revela que as bactérias da Terra têm deixado muitos marcianos doentes, e que eles estão estudando Clark, pois se deduz que ele é um alienígena como eles. A pedido de Luthor, Lois foi mantida viva, principalmente para manter o Superman sob controle e por ter interesses nela. Lex deduz que a biologia kryptoniana de Clark está cancelando os efeitos mortais das bactérias da Terra, e é por isso que os marcianos ao seu redor não estão doentes.
Quando Lex Luthor descobre um tipo de soro a partir de coleta de material de Superman, os marcianos não precisam mais de seus serviços e se preparam para devorá-lo. Lois e Luthor libertam Clark e ele começa a lutar contra os marcianos. Depois de eliminar os marcianos dentro da nave e libertar parte dos prisioneiros humanos, Lois diz a Clark/Superman que, depois de tudo o que ela passou, não pode suportar a ideia de um alienígena atocando, masmo recua de Superman, dizendo a ele que ela não pode suportar que um alienígena a toque, nem mesmo ele.
Os tripods chegam e começam um novo ataque. Superman os derruba da melhor maneira que pode. Um dos quadrinho repete a cena de capa da revista Action Comics nº 1, em que Superman ergue um carro. Nessa história, ele arremessa o carro nas pernas de sustentação dos tripods e assim o derruba. Superman enfrenta cada um dos tripods até que descobre uma forma de derrotar a todos. No entanto, ele morre de exaustão e dos ferimentos que recebeu dos Raios de Calor.
Todas as naçoes recebem orientação de como derrubar e derrotar os invasores. As nações passam a se reunir para dialogar a paz e novos sistemas de governos que sejam democráticos e respeitem a Liberdade. Como forma de homenagem ao herói que salvou a terra, é erguida uma enorme estátua de Superman, mas com o nome de Clark Kent no pedestal.
CONCLUINDO
A obra em quadrinhos trouxe uma nova história e soube colocar muito bem as duas narrativas lado a lado, trazendo os pontos mais importantes tanto de uma quando de outra história. Pode se perceber o que levou à escolha do Superman de Era de Ouro. Se fosse o Homem de Aço que conhecemos atualmente, com certeza ele teria mais facilidades para enfrentar o inimigo invasor e derrotá-lo. Também pode se entender que, no final, ele sobreviveria, mas, nesse caso, o que seria depois disso? Isso já seria uma outra história, no entanto, essa escolha deu um começo e final sem haver a especulação de uma continuação, pois a finalidade da série Elseworlds é exatamente essa: estabelecer um universo à parte do cânone da editora. Trazer histórias que desempenhem apenas uma possibilidade e que sejam plausíveis dentro do universo ficcional, mas sendop à parte de cada universo literário.
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Paulo Bocca Nunes é professor de Língua Portuguesa e Literatura. Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade. Especialista em Literatura e Cultura Portuguesa e Brasileira. Especialista em Cultura Indígena e Afro-brasileira. Escritor. Contador de histórias.