10 Naves espaciais icônicas da ficção científica
Em muitas histórias de ficção científica, as naves espaciais ganham status de personagens e até se tornam tão inesquecíveis quanto os próprios personagens dessas histórias.
Paulo Bocca Nunes
1. Júpiter 2
Abrindo a lista, talvez por motivos afetivos, a Júpiter 2 da série de TV, Perdidos no espaço (Lost in space), da década de 1965 a 1968. A espaçonave deve levar a família Robinson, mais o major Don West e um robô, até o sistema de Alpha Centauri. O ano é de 1997 e a Terra sofre com uma superpopulação e os Robinson deverão estabelecer uma colônia para outras pessoas viverem lá. No meio da viagem, um agente de um governo inimigo, Doutor Smith, sabota a nave e a missão e todos ficam perdidos no espaço. A Júpiter 2, nessa série, tinha o formato de um disco voador, mas na série da Netflix a nave apresntou-se com um outro modelo que, sem qualquer exagero, lembra muito a Millenium Falcon, comandada por Han Solo em Star Wars.


2. Discovery
O filme 2001 – Uma odisseia no espaço, de 1968, foi uma revolução nos filmes de ficção científica em termos de roteiro, produção e efeitos especiais e é considerado até hoje como um dos mais cientificamente corretos já produzidos no gênero. O filme aborda assuntos como evolução humana, tecnologia, inteligência artificial e vida extraterrestre segundo teorias e especulações com base na ciência. A nave Discovery foi concebida a partir de conceitos reais.
Uma base na Lua encontra um monolito negro. Um grupo de cientistas chega ao local e ao ser tocado, emite um som ensurdecedor. Dezoito meses depois, a nave Discovery leva um grupo de cientistas até as proximidades de Júpiter. Mas, o computador da Discovery, altamente sofisticado, chamado Hal 2000, uma forma de inteligência artificial, põe a missão em perigo.

3. Nave do viajante espacial Klaato
No ano de 1951, um filme veio para se inserir em um contexto atual para a sua época. Baseado no conto Farewell to the Master (Adeus ao mestre), de Harry Bates e publicado em 1940 na revista Astounding Science Fiction, O dia em que a Terra parou mostra um viajante de outro planeta que veio à Terra em missão especial. Na verdade é uma mensagem aos seus habitantes: todos os povos devem parar com a corrida armamentista, pois os povos de outros planetas próximos temem que a Terra inicie uma corrida espacial e inicie guerras pelo espaço afora. O formato da nave lembra uma disco voador, algo bastante comum na época. A nave não tinha um nome, mas ficou na cultura pop como uma referência e um ícone. O filme de mesmo nome de 2008, com o ator Keanu Reeves no papel de Klaato, trouxe uma nave totalmente diferente. Ela era uma gigantesca esfera verde luminosa.

4. Enterprise
Em 1966 inicia uma franquia que até hoje é sucesso entre os fãs de ficção científica: Star Trek. A série seguiu com três temporadas e seguiu nas décadas seguintes, mais ou menos com o mesmo elenco, ou pelo menos com os personagens principais.
O programa tinha como ponto central as aventuras da nave estelar USS Enterprise em sua missão de cinco anos “para audaciosamente ir onde nenhum homem jamais esteve”. A nave era comandada pelo Capitão James T. Kirk que tinha ajuda fundamental do vulcano, Dr Spock. O modelo da nave Enterprise se transformou na marca registrada da franquia, não se concebendo qualquer filme de Star Trek com uma nave diferente. Por conta disso, é uma das mais icônicas naves espaciais dos filmes de ficção científica.

5. Nave Mãe de Contatos Imediatos do Terceiro Grau
Produção norte-americana de 1977, escrito e dirigido por Steven Spielberg, Contatos Imediatos do Terceiro Grau segue um eletricista que tem a percepção de que a Terra está recebendo visitas de extraterrestres e decide fazer contato com eles. Enquanto isso, outros acontecimentos estranhos vão acontecendo em outras partes do mundo deixando as autoridades confusas e preocupadas em não causar pânico na população. No final, surge uma nave gigantesca que usa sons musicais para se comunicar. Ela aterrisa e de dentro saem pessoas que haviam sido abdusidas tempos atrás e alienígenas.

6. Battlestar Galactica
Pegando uma carona no sucesso de Star Wars, entre 1978 e 1979 uma série para a TV fez muito sucesso: Battlestar: Galactica. A série teve um total de 24 episódios. A série mostrava um grupo de humanos descendentes de uma raça muito mais antiga em busca do planeta Terra para onde teria ido uma parte de raça ancestral. A nave era simplesmente chamada de Galactica. Houve uma tentativa de fazer outra temporada e um filme em 1980. Percebendo a vontade dos fãs em mais aventuras, alguns produtores buscaram dar uma nova vida ao seriado entre 2003 e 2009.

7. Destroyer Estelar Imperial
Em maio de 1977, um fenômeno mundial tomou conta dos cinemas e transformou a cultura pop, dando início à Era dos Blockbusters. A space opera criada por George Lucas, Star Wars, conta a história do Império Galático que domina de forma tirânica a galáxia e a luta da Aliança Rebelde para reestabelecer a liberdade. A franquia inicial contava com seis filmes que depois geraram outros filmes, tanto em live action quanto em animação.
Nessa saga espacial três tipos de naves espaciais encheram os olhos dos espectadores ao verem as batalhas espaciais cheios de manobras fantásticas, tanto em planetas quanto no espaço cósmico. A principal era o Destroyer Estelar Imperial.
A nave atuava basicamente para impor o domínio do Império ou para sufocar qualquer ato rebelde. Essa nave gigantesca, de forte armamento e poderosa blindagem, era comandada pelos oficiais mais capacitados e fieis ao Imperador. Sem função de comando, mas com poder de voto e decisão, havia Darth Vader, que dominava os poderes ocultos do lado negro da Força.

8. TIE Fighter
As naves de combate à curta distância dos filmes de Star Wars se transformaram também em uma das marcas registradas da franquia. De manobras rápidas, os TIE fighters possuíam um pequeno cockpit cercado por painéis e estavam armados com canhões laser de alcance limitado. Tamanho sucesso entre os fãs, a nave, assim como outras da franquia, agitaram a indústria de brinquedos. Nos filmes podemos ver alguns modelos diferentes, como no primeiro, Uma nova esperança (1977), em que Darth Vader usa um exclusivo para ele.


9. Caça Estelar X-Wing
Seguindo a franquia de Star Wars, os caças X-Wing eram usados pela Aliança Rebelde em seu conflito contra o Império Galático. O nome e a sua principal característica eram as suas asas que se abriam e se assemelhavam a um X quando estravam em posição de ataque. Essas naves são mais lentas e menos manobráveis que os TIE, mas possuem poder de fogo superior e usam um robô androide que fica acoplado em uma pequena cabine externa atrás do piloto. O androide podia conter até 10 coordenadas de hiperespaço e fazia pequenos reparos na nave durante o combate. Foi com um desses caças que Luke Skywalker destruiu a Estrela da Morte em Uma Nova Esperança (1978).

10. Millenium Falcon
Para fechar com chave de ouro, não poderia faltar a mais icônica nave espacial da franquia Star Wars, a Millenium Falcon, pilotada por Han Solo e seu ajudante Chewbacca. A nave é um cargueiro leve usada para contrabando. Apareceu em vários filmes da franquia. No primeiro filme, Han Solo se comprometeu a levar a princesa Leia até o planeta onde estava a Aliança Rebelde em troca de um generoso pagamento. Apesar da iminência da batalha final, Solo vai embora, mas retorna no momento mais importante do combate.
A nave era considerada velha e obsoleta, sem condições de viajar pelo espaço por quem a visse. Nas horas mais inoportunas, quando estava sendo perseguida por naves do Império, a Millenium Falcon falhava no momento de entrar no hiperespaço, causando sustos e muita tensão na tripulação. Porém, esses eram os momentos mais cômicos do filme misturados com muita ação e até mesmo suspense. Certamente esses momentos contribuiram para dar à nave o status de um personagem, pois o público que assistia aos filmes torcia para a nave voltar a funcionar e, dessa forma, salvar os seus ocupantes.

Há outras naves que apareceram em outros filmes que também ficaram guardadas na memória do público e entraram para a cultura pop. Muitas delas, como essas aqui apresentadas neste artigo, também fazer parte do imaginário de muitas pessoas. Quem não sonhou um dia em viajar em uma delas? Sair pelo espaço em busca de aventuras? Essas máquinas saíram da imaginação de seus criadores, mas podemos perceber o quanto elas mexem ainda hoje com a nossa própria imaginação.
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Paulo Bocca Nunes é professor de Língua Portuguesa e Literatura. Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade. Especialista em Literatura e Cultura Portuguesa e Brasileira. Especialista em Cultura Indígena e Afro-brasileira. Escritor. Contador de histórias.