Por que eu não usaria o Chat GPT nos meus roteiros para o Youtube?
A modinha desde a segunda metade de 2022 é o Chat GPT. Muitos Youtubers bombaram os seus canais “ensinando” como usar o protótipo de chatbot com inteligência artificial e especializado em diálogo para ganhar dinheiro em vendas na internet. Mas, será que dá para generalizar e usar de qualquer jeito?
Paulo Bocca Nunes
Desde o seu lançamento, em novembro de 2022, o Chat GPT tem gerado muitos debates e preocupações por parte de grupos ligados aos estudos de Inteligência Artificial. Na contramão disso tudo, vêm outros segmentos da sociedade que olham o chatbot como uma “ótima ferramenta”para ganhar dinheiro na internet. O YouTube é o local em que mais podem ser encontrados esses entusiastas com vistas a esse objetivo.
Muitos Youtubers têm bombado os seus canais com vídeos tutoriais de como usar o Chat GPT para criar textos e descrições sobre produtos, encontrar palavras-chave viralizadoras, títulos de artigos entre outras coisas.
Esses influenciadores, de certa forma, generalizam o sucesso de tudo o que o Chat oferece a quem lhe pergunta ou solicita algo, garantindo grande retorno em suas aplicações. Para quem tem pouca experiência no uso de ferramentas básicas de internet, mas busca ganhar dinheiro em plataformas virtuais, o uso sem um conhecimento mínimo pode causar alguns problemas.
Muitos Youtubers afirmam que é possível criar roteiros para vídeos, bastando apenas dar algumas informações ao Chat. Da mesma forma, se pode solicitar textos para as thumbnails de cada vídeo. Mas, será que isso pode ser feito de forma indiscriminada?
Eu usei o Chat GPT para verificar essa possibilidade, dentro das configurações do canal Leitura Pop e o resultado foi frustrante e decepcionante, para dizer o mínimo, porém, eu não fiquei nem um pouco surpreso.
COMO TESTEI O CHAT GPT
Para testar o Chat Gpt, primeiro eu fiz uma pesquisa com vários Youtubers para entender como usar o chatbot. Então, eu decidi solicitar algo sobre um assunto que eu conheço e falo no meu canal Leitura Pop. Escolhi o romance 827 Era Galáctica, um dos romances de ficção científica de Isaac Asimov, para essa experiência. A escolha tem por base quatro aspectos: o primeiro por eu conhecer o assunto e tratar dele aqui nesse site e no meu canal do Youtube. Segundo, por eu conhecer o autor e pelo meu conhecimento da obra dele. Também pelo fato de eu ter escrito artigos e criado vídeos sobre a vida e a obra de Asimov, que pode ser lido AQUI e no Youtube pode ser assistido AQUI. Da mesma forma, eu já fiz um artigo sobre o romance, que pode ser lido AQUI, e feito um vídeo no Youtube, que pode ser assistido AQUI.
A pergunta que eu fiz foi: “Crie um artigo sobre o romance ‘827 Era Galáctica’, de Isaac Asimov, e sua importância para a ficção científica”. A resposta foi um pouco extensa, mas trouxe alguns resultados equivocados. O texto na íntegra que o Chat GPT me enviou está transcrito abaixo:
“827Era Galáctica”, escrito por Isaac Asimov, é um dos mais famosos livros de ficção científica da história. Publicado pela primeira vez em 1955, este romance é uma obra importante na carreira de Asimov e no gênero de ficção científica como um todo.
O livro é ambientado em uma época distante, quando a humanidade já colonizou muitas outras galáxias. A história gira em torno da Fundação, uma instituição científica responsável por proteger e preservar o conhecimento e a tecnologia da humanidade. A Fundação é confrontada com uma série de desafios e ameaças, incluindo o comandante de uma poderosa entidade conhecida como o Império Galáctico e a presença de um personagem misterioso conhecido como o Mula.
“827Era Galáctica” é importante para a ficção científica por várias razões. Em primeiro lugar, o livro é um exemplo clássico de hard science fiction, que se concentra na precisão científica e na exploração da tecnologia futura. Asimov foi conhecido por sua habilidade de criar futuros tecnológicos convincentes e coerentes, e “827Era Galáctica” é um ótimo exemplo disso.
Além disso, o livro é importante porque ajudou a estabelecer o gênero de ficção científica como um gênero literário internacional e importante. Antes da publicação de “827Era Galáctica”, a ficção científica era muitas vezes vista como uma forma de entretenimento de baixa qualidade, mas a obra de Asimov e outros escritores da época ajudou a mudar essa percepção.
Outra razão pela qual “827Era Galáctica” é importante para a ficção científica é por causa de sua influência sobre outros escritores e artistas. Muitos autores subsequentes foram influenciados pelo trabalho de Asimov e incorporaram suas ideias em suas próprias obras. Além disso, o livro também inspirou a criação de filmes, jogos e outros produtos derivados.
Em resumo, “827Era Galáctica” é um livro importante para ficção científica por causa de sua precisão científica, sua contribuição para a transferência da ficção científica como gênero literário, e sua influência sobre outros escritos.
Vamos analisar parágrafo por parágrafo.
“827 Era Galáctica”, escrito por Isaac Asimov, é um dos mais famosos livros de ficção científica da história. Publicado pela primeira vez em 1955, este romance é uma obra importante na carreira de Asimov e no gênero de ficção científica como um todo.
Inicialmente, o romance não é um dos mais famosos de Isaac Asimov. Apesar de ser autor de várias obras de ficção científica e ser considerado como um dos melhores escritores do gênero de todos os tempos, 827 Era Galáctica não está entre as mais conhecidas. Somente os fãs conhecem de fato. As suas obras mais conhecidas são a Trilogia da Fundação e a coletânea Eu, Robô. Também podemos nos referir ao romance O Homem Bicentenário, pois tanto esse quanto as outras obra referidas tiveram adaptações para cinema e série de TV.
A data está errada. Esse romance foi publicado em 1950 e foi o primeiro romance publicado de Asimov. Em dezembro do mesmo ano teve a publicação da coletânea Eu, Robô. Essa coletânea traz contos de Asimov publicados nas antigas revistas pulp fiction entre 1940 e 1950. Observe o parágrafo seguinte do Chat GPT:
O livro é ambientado em uma época distante, quando a humanidade já colonizou muitas outras galáxias. A história gira em torno da Fundação, uma instituição científica responsável por proteger e preservar o conhecimento e a tecnologia da humanidade. A Fundação é confrontada com uma série de desafios e ameaças, incluindo o comandante de uma poderosa entidade conhecida como o Império Galáctico e a presença de um personagem misterioso conhecido como o Mula.
Esse parágrafo está cheio de erros. Primeiro, em todos os romances de Asimov a humanidade não colonizou outras galáxias. Todas as histórias são ambientadas na Via-Láctea. O mais sério é que 827 Era Galáctica não gira em torno da Fundação, mas está inserido no universo da Fundação.
Para que fique bem claro, o conto Fundação, que deu origem ao romance e à trilogia, foi publicado na revista Astounding Science Fiction entre 1942 e 1944. Nesse conto, Asimov trouxe a público o Império Galáctico tendo como sua capital o planeta Trantor. O romance foi publicado em 1951.
Em 827 Era Galáctica temos a referência ao Império Galáctico e a Trantor, mas a Fundação estava muito distante no futuro. O título do romance indica o período no calendário desde o estabelecimento do Império. Se fosse em nosso calendário seria mais de 10 mil anos no futuro. Quanto à Fundação, seriam mais de 12 mil anos depois. Portanto, a Fundação não pode fazer parte do universo de 827 Era Galáctica.
O ponto de maior erro fica na segunda metade do parágrafo. Não existe um “comandante de uma poderosa entidade conhecida como Império Galáctico”. O romance está centrado em um antropólogo que está pesquisando qual o planeta de origem da humanidade. Ele acredita que seja a Terra, um planeta radioativo é desprezado por toda a galáxia. Enquanto isso, um grupo está planejando sabotar o centro do Império por conta desse desprezo.
Quase ao final do parágrafo, lemos “a presença de um personagem misterioso conhecido como o Mula”. Esse personagem é exclusivo da segunda parte da trilogia da Fundação, Fundação e Império. Esse romance foi publicado inicialmente na forma de dois contos na revista Astounding Science Fiction. O primeiro apareceu na edição de abril de 1945 de Astounding e a parte 2 apareceu nas edições de novembro de 1945 e dezembro de 1945 como “O Mula”. O romance foi publicado em 1952.
Com essas informações é possível constatar que não havia como incluir o personagem Mula no universo de 827 Era Galáctica pelo simples fato de não pertencer ao mesmo espaço de tempo. Os acontecimentos de Fundação e Império acontecem em torno de cem anos depois de Fundação e o Império já desmoronou. No primeiro romance de Asimov, o Império está no começo. Portanto, não pode haver referência entre o romance 827 Era Galáctica e o personagem Mula.
O parágrafo seguinte traz outras informações que, se não são equivocadas, pelo menos não condizem totalmente com os fatos, tanto sobre o autor quanto sobre a obra dele. No parágrafo seguinte do Chat GPT há outras informações que não são precisas.
“827 Era Galáctica” é importante para a ficção científica por várias razões. Em primeiro lugar, o livro é um exemplo clássico de hard science fiction, que se concentra na precisão científica e na exploração da tecnologia futura. Asimov foi conhecido por sua habilidade de criar futuros tecnológicos convincentes e coerentes, e “827 Era Galáctica” é um ótimo exemplo disso.
As obras de Asimov se caracterizam por ter uma forte precisão científica, até mesmo pelo fato de ele ser um acadêmico da área científica. O romance inicia com um grupo de cientistas fazendo um experimento usando energia atômica em um laboratório, mas, devido a um acidente, o pedestre, que caminhava nas proximidades, foi atingido e levado ao futuro, no ano 827 Era Galáctica. Nesse período o planeta Terra sofria com várias áreas radioativas.
No tempo em que Asimov escreveu essa obra, havia 5 anos que foram lançadas as duas bombas atômicas sobre duas cidades japonesas. A energia atômica era vista como um avanço científico enorme, porém, Asimov era um dos que mais se dedicava na divulgação do uso correto e para bens pacíficos. Da mesma forma, era considerada como algo que traria muitos benefícios para a humanidade, podendo, inclusive, permitir as viagens espaciais a longas distâncias.
Além disso, os estudos sobre a estrutura do átomo levavam os pesquisadores cada vez para dentro de um universo microscópico imenso a ser explorado e possível de serem criadas histórias especulativas. Por outro lado, Asimov usou o argumento da Terra radioativa em vários de seus romances, principalmente, os da série Fundação, tanto a trilogia original quanto as prequelas e as sequelas.
Outro ponto importante sobre a precisão científica de Asimov é o fato que o autor, desde o seu primeiro conto, Perdidos em Vesta, conto publicado na edição de de março de 1939 da revista Amazing Stories, criou histórias com grande precisão científica. Nesse conto, o jovem de 18 anos narrou uma história em que três astronautas sobreviveram em uma nave quase totalmente destruída e lutavam para alcançar o asteroide Vesta, onde havia uma base de humanos. Nesse conto, em meio aos diálogos dos personagens, percebe-se que o jovem e futuro escritor tinha conhecimento científico e de astronomia. Por sinal, esse era um dos pilares da Amazing Stories desde a sua criação em abril de 1926 por Hugo gernsback.
No final do parágrafo do Chat GPT há a afirmação de que Asimov “teve habilidade para criar futuros tecnológicos convincentes e coerentes, e 827 Era Galáctica é um ótimo exemplo disso”. Não foi esse o romance que pode ser considerado como o mais “convincente e coerente” tecnologicamente. Há outros, mas não muito conhecidos. Na minha opinião, todos os romances de Asimov que tratam de robôs, ou “inteligência artificial” são os mais “convincentes e coerentes”, até mesmo pelo fato de ser uma realidade o uso de autômatos cada vez mais inseridos no nosso dia a dia, quanto às questões éticas envolvidas.
É importante deixar bem claro que já temos inteligências artificiais treinadas para serem usadas em casos de problemas ou questões pessoais. No momento em que se coloca uma máquina na condição de um, por exemplo, psicólogo, mentor ou orientador, a pessoa está deixando que uma máquina faça as análises frias sobre o que a pessoa apresenta em questão, sem levar em conta aspectos que somente um humano deve realmente levar em conta.
Asimov sempre trouxe esses questionamentos éticos quanto ao uso dos robôs. Inclusive no seu primeiro conto de robô, Robbie (originalmente Strange Playfillow) houve a preocupação de uma mãe pelo fato de sua filha estar apegada a um robô doméstico e isso poderia afetá-la a não conseguir se relacionar com outras crianças. O que seria dela quando fosse adulta, portanto?
Esse conto foi publicado na Super Science Stories de setembro de 1940. Quando foi publicado na coletânea Eu, Robô, de 1950, houve uma mudança significativa: a introdução da personagem Susan calvin, muito importante, inclusive, para o universo da Fundação.
No parágrafo seguinte há outras informações que não são muito consistentes.
Além disso, o livro é importante porque ajudou a estabelecer o gênero de ficção científica como um gênero literário internacional e importante. Antes da publicação de “827 Era Galáctica”, a ficção científica era muitas vezes vista como uma forma de entretenimento de baixa qualidade, mas a obra de Asimov e outros escritores da época ajudou a mudar essa percepção.
O gênero ficção científica já era citado entre alguns escritores muito antes de 827 Era Galáctica. De fato, tanto o termo quanto o gênero literário passou a ser reconhecido depois da criação da primeira revista especializada de ficção científica, Amazing Stories, editada por Hugo Gernsback, em abril de 1926. Naquela oportunidade, ele usa o termo scientification e mais tarde, em outra revista, a em Writer’s Digest, de fevereiro de 1930, ele usa o termo ficção científica para definir o gênero literário. As revistas pulp fiction foram muito importantes não só para a propagação do gênero como também para consolidar o próprio gênero. Você pode ler mais sobre esse assunto AQUI. https://leiturapop.com.br/?p=1231
De fato, o gênero não foi levado muito a sério no começo e era mais visto como entretenimento de baixa qualidade. Um dos subgêneros da ficção científica, a space opera, recebeu esse nome e teve uma definição de gênero a partir desse pensamento de que era uma literatura de baixa qualidade. Foi o que disse Wilson Tuckter, de forma depreciativa e pejorativa para se referir ao gênero, na edição número 36, de janeiro de 1941, na página 9, do fanzine Le Zombie. Para saber mais sobre esse assunto clique AQUI. https://leiturapop.com.br/?p=1329
O penúltimo parágrafo do Chat GPT ficou muito distante dos fatos sobre 827 Era Galáctica ao dizer o seguinte:
Outra razão pela qual “827 Era Galáctica” é importante para a ficção científica é por causa de sua influência sobre outros escritores e artistas. Muitos autores subsequentes foram influenciados pelo trabalho de Asimov e incorporaram suas ideias em suas próprias obras. Além disso, o livro também inspirou a criação de filmes, jogos e outros produtos derivados.
Conforme já falado acima, esse romance de Asimov não foi dos mais importantes. Isso ficou a cargo da trilogia da Fundação e depois com a série Robôs. Mesmo que o romance esteja inserido no universo de Fundação não chega a ser um livro essencial para o entendimento da saga espacial criada por Asimov.
O mais impressionante, no entanto, é afirmar que o livro inspirou outros filmes, jogos e produtos derivados. Isso não é verdade. Na época em que o romance foi escrito, não havia jogos eletrônicos ou de outra espécie como conhecemos hoje. O romance não é do tipo que gera produtos derivados, mesmo que fosse lançado nos dias atuais. Criar jogos a partir de romances ou óperas espaciais passou a ser uma realidade muito tempo depois. Provavelmente, isso passou a ser feito depois do sucesso de Star Wars, em 1977, devido ao avanço técnico usado na produção de filmes de ficção científica que revolucionou o cinema e o segmento do entretenimento.
Também não se pode afirmar que 827 Era Galáctica inspirou outros filmes. Alguns roteiristas e diretores de óperas espaciais afirmaram terem se inspirado na saga da Fundação para criarem as suas próprias obras. Entre as obras adaptadas de Asimov estão Eu, Robô (filme de 2004), baseado na coletânea de contos do livro de mesmo nome, O Homem Bicentenário (filme de 1999), baseado no romance de mesmo nome de Asimov, de 1976 e pertence a série Robôs.
Além dessas adaptações, a obra Fundação recebeu uma adaptação em 2021, uma série disponível na plataforma da Apple em formato de série com dez episódios e quase uma duração cada um. A adaptação não corresponde exatamente à obra de Asimov, mas os principais personagens, mesmo com algumas mudanças consideráveis, e a trama principal estão presentes.
O último parágrafo do texto criado pelo Chat GPT apenas fez um resumo do que já havia citado nos parágrafos anteriores.
Em resumo, “827 Era Galáctica” é um livro importante para ficção científica por causa de sua precisão científica, sua contribuição para a transferência da ficção científica como gênero literário, e sua influência sobre outros escritos.
Pelo conteúdo desse parágrafo não há a necessidade de ser feita uma análise mais detalhada, pois já fizemos os devidos comentários.
FINALMENTE
Esse artigo buscou investigar o que me levou a não usar o Chat GPT nos meus artigos e eu trouxe um caso para investigar, 827 Era Galáctica, de Isaac Asimov, o seu primeiro romance publicado.
A conclusão a que eu posso chegar é que, se a inteligência artificial é um passo enorme dentro dos avanços científicos, não se pode delegar a ela tudo o que se pode esperar pensando em alguma eficiência, “economia de tempo” ou na expectativa de se ter ganhos financeiros de forma fácil.
No nosso estudo, seria necessário terem sido feitas todas as leituras da obra desse autor. Não adiantou ser Asimov o maior escritor de ficção científica de todos os tempos e ter milhares e milhares de livros vendidos, tanto na forma física quanto na forma digital. A inteligência artificial fez uso de informações que já estavam disponíveis no ambiente digital, escolheu aquilo que pareceu ser mais relevante e uniu tudo em um texto que trouxe informações desencontradas, mesmo que fossem pertencentes ao mesmo autor.
A prática da leitura e da sua imersão ainda é necessária. A pesquisa literária ainda necessita da mediação de um ser humano. O contexto deve ser analisado por uma pessoa.
E se não estivermos preparados para entendermos alguns equívocos dessas máquinas, iremos cometer e ampliar mais equívocos. Portanto, não iremos construir mais conhecimento, algo que foi usado para criar a própria inteligência artificial.
Não significa dizer que a Inteligência Artificial não possa ser usada. O que não se pode é substituir a prática humana de buscar as suas respostas para os seus questionamentos, mesmo que baseados nas suas mais profundas paixões. Mesmo que estejam encharcadas de valores muito próprios e particulares. A máquina não tem liberdade de escolha. Ela escolhe uma alternativa entre milhares e as adequa a partir de um algoritmo, mesmo que seja “treinada”.
Com base nessas reflexões, eu me convenço de que preciso seguir a minha prática das minhas leituras dos meus livros e assistir aos meus filmes para poder falar sobre eles. Uma máquina não irá fazer isso por mim porque não terá o olhar que eu tenho para analisar da forma que eu faço. Mesmo que haja muitas pessoas que não irão concordar comigo.
OBSERVAÇÃO IMPORTANTE
Este artigo foi escrito em 13/02/2023 às 04:14. Por estar em fase de “aprendizado” é “possível” que o ChatGPT venha a se aperfeiçoar nas informações para produzir artigos como o que eu sugeri. Portanto, você, prezado leitor, que chegou até aqui, talvez já tenha tido experiências mais positivas, com resultados mais satisfatórios. Sendo uma inteligência artificial e, com o tempo, os desenvolvedoers do chatbot venham a liberar o acesso amplo à internet e, dessa forma, todo o trabalho da IA tenha melhores resultados.
Assista ao vídeo sobre esse mesmo artigo, que está no Youtube. Aproveite e se inscreva no canal, acione as notificações, curta o vídeo e deixe o seu comentário.
Paulo Bocca Nunes é professor de Língua Portuguesa e Literatura. Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade. Especialista em Literatura e Cultura Portuguesa e Brasileira. Especialista em Cultura Indígena e Afro-brasileira. Escritor. Contador de histórias.