Projeto Extração: tentou ser sério até onde deu
Se você espera assistir a um filme dramático, com profundidade de personagens, uma trama espetacular tendo no elenco John Cena e Jackie Chan então você deve estar de brincadeira.
Paulo Bocca Nunes
Quando você nada tem a fazer de especial numa sexta-feira ou sábado à noite, assistir a um filme é uma boa opção. As escolhas são muitas nas plataformas de streaming. Você pode escolher um filme pelo título, pelo elenco ou qualquer outro modo. Você pode ter a sorte de escolher um filme ótimo ou não.
Projeto Extração, uma produção norte-americana de 2023, dirigido por Scott Waugh e roteiro de Arash Amel, tem no elenco dois velhos conhecidos de filmes de ação, muitas lutas e toques de humor: John Cena e Jackie Chan. Portanto, não se pode esperar algo muito sério e profundo num filme com os dois juntos. Tudo chegando ao ponto de quase ser um besteirol, o que se vê em alguns momentos.
A história acompanha Luo Feng (Kackie Chan), que lidera um grupo de segurança com a missão de retirar trabalhadores de uma refinaria chinesa no Iraque, que está sendo alvo de mercenários. Entre os trabalhadores está a filha engenheira de Luo Feng, que tem um relacionamento frio com o pai. A retirada deve ser feita por uma temida zona chamada de Estrada da Morte. O grupo sofre um ataque dos mercenários que pretendem roubar o petróleo da região.
Completando a trama, o ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos, Chris Van Home (Cena) é contratado para uma missão pensando estar ajudando uma comunidade bastante pobre, mas é enganado. Ele acaba se juntando a Luo Feng para combater os mercenários.
SOBRE O FILME
Projeto Extração foi filmado em 2018, mas lançado na plataforma apenas em 2023 na Netflix. Serve como um entretenimento para quem curte filmes de ação, com muita correira, lutas, carros caindo de precipícios, situações de perigo e coisas parecidas. Nem mesmo o conflito estabelecido na relação entre pai e filha traz muito drama à história. Nem as lágrimas de um pai atormentado pelo seu passado familiar ajuda muito.
Os efeitos especiais não são os mais eficientes, pois eles se dispersam nas cenas de ação e lutas. A cena do precipício não é nem um pouco convincente. A fotografia é boa e o jogo de câmera acompanha razoavelmente os movimentos de luta.
O que mais se vê nesse filme são as gags, ou as piadas visuais, que acontecem entre os personagens Lou e Chris, muitas vezes beirando o pastelão. Principalmente nas cenas de mais ação e confronto com os mercenários. O roteiro tenta explorar o fato dos personagens serem de nacionalidades diferentes, e marcarem as confusões com as diferenças tanto linguísticas quanto gestuais. É um tipo de humor fácil, mas que funcionou.
Para completar a comédia, que é esse filme, é preciso assistir aos créditos finais, onde assistimos aos erros de filmagem. Aliás, o filme merecia exatamente essas cenas, pois foram as mais engraçadas.
O filme está na Netflix.
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Paulo Bocca Nunes é professor de Língua Portuguesa e Literatura. Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade. Especialista em Literatura e Cultura Portuguesa e Brasileira. Especialista em Cultura Indígena e Afro-brasileira. Escritor. Contador de histórias.