CLÁSSICOS DA LITERATURA

Viagens de Gulliver: As Adaptações De Um Clássico Da Literatura

Uma das obras mais impactantes e influentes da literatura mundial, faz críticas sociais à sua época, mas ainda são bastante atuais.

Paulo Bocca Nunes

A OBRA ORIGINAL DE SWIFT

ANÁLISE DO ROMANCE

  • Em Lilipute há forte crítica à autoridade e ao poder exercido pela monarquia e os conflitos e lutas causadas por motivos irrelevantes e até mesmo fúteis;
  • Em Laputa a crítica se volta contra a nova ciência da época e os sábios que viviam imersos em filosofias abstratas e pouco práticas;
  • Já em Houyhnhnms há o espanto de como uma espécie animal pode se constituir em um ser superior aos humanos, na qual eles conseguem administrar uma sociedade de forma mais efetiva e funcional.

AS ADAPTAÇÕES DA OBRA

1. LE VOYAGE DE GULLIVER À LILLIPUT ET CHEZ LES GÉANTS (As viagens de Gulliver entre os liliputianos e os gigantes), 1902.

2. THE NEW GULLIVER (O novo Gulliver), 1934.

3. GULLIVER’S TRAVELS (As viagens de Gulliver), 1939.

4. THE 3 WORLDS OF GULLIVER (Os 3 mundos de Gulliver), de 1960.

5. GULLIVER’S TRAVELS BEYOND THE MOON (Viagens de Gulliver além da Lua), 1965.

6. THE ADVENTURES OF GULLIVER (As aventuras de Gulliver), 1968.

7. GULLIVER’S TRAVELS (Viagens de Gulliver), 1977.

8. GULLIVER IN LILLIPUT (Gulliver em Lilliput), 1982.

9. LOS VIAJES DE GULLIVER (As viagens de Gulliver), 1983.

10. SABAN’S GULLIVER’S TRAVELS (Viagens de Gulliver de Saban), de 1992.

11. GULLIVER’S TRAVELS (As viagens de Gulliver), 1996.

12. GULLIVER’S TRAVEL (Viagens de Gulliver), de 2005.

13. AS VIAGENS DE GULLIVER (Adaptação de 2010 com o ator Jeck Black.)

OUTRAS ADAPTAÇÕES

REFERÊNCIAS DE GULLIVER

  • O romance Castaways in Lilliput (1958) de Henry Winterfeld é sobre três crianças de tamanho normal que pousam em uma versão moderna de Lilliput.
  • Uma sequência da publicação original de Swift foi Memoirs of the Court of Lilliput, de autoria anônima e publicada em 1727, que expande o relato das estadas de Gulliver em Lilliput e Blefuscu ao adicionar várias anedotas de fofoca sobre episódios da corte liliputiana.
  • Abbé Pierre Desfontaines, o primeiro tradutor francês da história de Swift, escreveu uma sequência, Le Nouveau Gulliver ou Voyages de Jean Gulliver, fils du capitaine Lemuel Gulliver (O Novo Gulliver, ou as viagens de John Gulliver, filho do Capitão Lemuel Gulliver), publicada em 1730. O filho de Gulliver tem várias aventuras satíricas fantásticas.
  • O escritor húngaro Frigyes Karinthy (1887–1938) escreveu dois romances nos quais um Gulliver do século XX visita terras imaginárias. Uma delas é Utazás Faremidóba (1916), onde vivem seres metálicos quase robóticos, cujas vidas são regidas pela ciência, não pela emoção, e se comunicam por meio de uma linguagem baseada em notas musicais. O segundo é Capillaria (1921), um mundo onde todos os seres inteligentes são mulheres e os homens são reduzidos a nada mais do que sua função reprodutiva.
  • O conto de Davy King de 1978, The Woman Gulliver Left Behind é uma espécie de versão feminista satírica do conto, sendo contado a partir do ponto de vista da esposa de Gulliver.
  • O romance de Alison Fell, The Mistress of Lilliput (1999), faz o mesmo: Mary Gulliver vai viajar sozinha. A resenha do romance diz que a esposa de Gulliver decidiu viajar e encontrou algumas aventuras amorosas. Inclusive, a palavra “mistress” pode ser traduzida de diversas maneiras, entre elas a de “amante”.
  • Em 1998, o escritor argentino Edgar Brau publicou El último Viaje del capitán Lemuel Gulliver (A última viagem do capitão Lemuel Gulliver), um romance em que o personagem de Swift é apresentado em uma quinta viagem imaginária, desta vez no Rio da Prata. O romance faz uma sátira dos modos e costumes da sociedade atual, incluindo esportes, televisão, política, etc. Para justificar a paródia, a narrativa é ambientada imediatamente após a última viagem escrita por Swift (precisamente, 1722), e o estilo literário da obra original é mantido ao longo de toda a história.
  • O livro infantil Mr Majeika on the Internet (2001) do britânico  Humphrey Carpenter inclui paralelos modernizados com as terras dos liliputianos, brobdingnagianos, laputanos e Houyhnhnms, bem como de um rato chamado Gulliver.
  • O romance de Adam Roberts, Swiftly (2008) se passa 120 anos depois da época de Gulliver e mostra um mundo onde os habitantes de Lilliput e Blefuscu são agora escravos dos britânicos, e os Brobdingnagians são aliados da França em uma guerra contra a Grã-Bretanha.
  • Gulliver Mickey, filme de animação de 1934 dos estúdios Disney, foi uma das mais conhecidas referências a Gulliver. Na história, Mickey está lendo As Viagens de Gulliver enquanto pequenos camundongos brincam de marinheiros. Mickey conta a história de Gulliver em Lilliput fingindo ter acontecido com ele. Na sua narrativa, Mickey diz que salvou Lilliput de uma aranha gigante.

CONCLUSÃO

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Paulo Bocca Nunes é professor de Língua Portuguesa e Literatura. Mestre em Letras, Cultura e Regionalidade. Especialista em Literatura e Cultura Portuguesa e Brasileira. Especialista em Cultura Indígena e Afro-brasileira. Escritor. Contador de histórias.